quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O grande segredo do Conde

Olá Gerónimo Stilton,

Já li histórias tuas, são histórias divertidas e estranhas, parecem verdadeiras e também fazem rir.

A que gostei mais foi « Tudo por causa de um café com natas», foi uma história muito boa.

Parabéns, Gerónimo Stilton.

Ana Francisca, 5ºJ

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O homem que não queria sonhar

Autor: Álvaro Magalhães

Livro: O homem que não queria sonhar
Editora: Asa

Este livro conta a história de um senhor que não queria sonhar. Um dia, ele sonhou com uma carruagem e quando acordou no dia seguinte teve uma. Outro dia, sonhou que ia morrer e como sabia que podia morrer, não quis acordar, pois se o fizesse, morreria e então nunca mais acordou e ficou prisioneiro do seu sonho.

Ana Catarina, 5ºG

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

UMA LIÇÃO DE NATAL

Era uma vez um rapaz chamado Henrique que, como prenda de natal, queria um avião telecomandado que vira numa loja de brinquedos, mas os pais não lho davam porque ele tinha tido más notas.

Henrique andava triste e desanimado, pois sempre sonhara ter um avião como aquele.

O Natal aproximava-se e o rapaz não desistindo da ideia de obter o tão desejado presente, pôs em prática uma ideia que lhe surgira de repente. Decidira ajudar os avós que tinham uma quinta em Monte Córdova e que estavam a precisar de ajuda nas lides do campo.

Há dias, numa ida à quinta, tinha ouvido os avós a dizer que precisavam de alguém para cuidar dos animais e que pagavam muito bem por aquele serviço.

Henrique ficou entusiasmado com a ideia e resolveu conversar com os pais para os convencer a deixá-lo passar as férias de natal na quinta dos avós. Não ia ser difícil convencê-los, uma vez que os pais estavam a trabalhar e ele passava muito tempo sozinho.

Tal como previra, os pais concordaram.

No dia seguinte, fez as malas e foi ter com os avós. Quando chegou à quinta, perguntou-lhes se continuavam a precisar de alguém para cuidar dos animais. Os avós responderam que sim, mas acharam a pergunta estranha.

Henrique esclareceu-os:

- Eu queria um avião telecomandado, mas como tirei más notas na escola, os meus pais não mo dão. Quero trabalhar, para ver se ganho dinheiro para o comprar.

Os avós compreenderam a atitude do neto e resolveram ajudá-lo.

No primeiro dia de trabalho, tudo lhe pareceu difícil, mas com o tempo habituou-se. No entanto, como não deixava de ser um trabalho cansativo, no fim do almoço, sabia-lhe bem dormitar um bocadinho, coberto com a manta quentinha da avó, debaixo da maior árvore da quinta. Foi numa dessas sestas que lhe aconteceu algo extraordinário. Estava deitado debaixo da árvore, quando viu por cima da sua cabeça, no tronco, uma porta mágica que o transportou para um mundo fantástico. Em cada virar da esquina havia ilusionistas, trapezistas, equilibristas e palhaços.

Meteu-se à conversa com um palhaço, junto à estrada “Sentido Único do Peão”.

-Olá! - Disse-lhe o Palhaço Divertimento, apertando o seu nariz vermelho.

-Olá! - Respondeu Henrique a medo.

- Como vieste aqui parar? – Questionou o Palhaço.

-Nem eu sei muito bem – respondeu o menino ainda incrédulo - só me lembro de adormecer e depois descobrir uma porta mágica no tronco da árvore, entrar e vir ter aqui. Mas o que é isto?

- “Isto”, como tu lhe chamas é o Mundo dos Desejos e aqui, neste mundo, existe uma árvore capaz de concretizar todo e qualquer desejo – explicou o Palhaço.

- Isso é maravilhoso! Eu ando a trabalhar para comprar um avião telecomandado, pois sei que, no dia de natal, ele não vai cair do céu, embora voe.

- A trabalhar? Questionou o Palhaço.

- Sim – respondeu Henrique – os meus pais não mo dão, porque eu tirei más notas na escola. Também, os meus professores andam impossíveis, ele é os Tempos e Modos Verbais; ele é as Equações; ele é a Revolução Francesa… Não há quem aguente. De qualquer maneira, se tu dizes que existe essa tal árvore, tudo se torna mais fácil. Podes indicar-me onde é que a posso encontrar?

- Claro que sim - afirmou o Palhaço.

Henrique seguiu à risca as indicações do Palhaço, até que chegou a um cruzamento e o caminho dividiu-se: para a esquerda vermelho, para a direita verde.

Henrique ao deparar – se com aquela situação ficou uns minutos a relembrar as indicações que o palhaço lhe dera, mas não se recordava de ele lhe ter falado daquela encruzilhada. Esteve ali vários minutos a olhar os dois caminhos, mas nada lhe ocorria, até que de súbito apareceram dois duendes: um vermelho vindo do caminho vermelho e um verde vindo do caminho verde. Henrique foi ao seu encontro.

- Olá! Chamo-me Henrique. Podem-me ajudar a escolher o caminho certo?

- Qualquer caminho que tomes realizará os teus desejos – disseram os duendes em uníssono.

Henrique ficou ainda mais baralhado e questionou:

- Então porquê dois caminhos?

- Se escolheres o meu, depois de chegares à árvore e pedires o teu desejo, voltas para o mundo dos humanos. Disse o duende verde.

- Por outro lado, se escolheres o meu, após pedires o desejo, não voltas para o mundo de onde vieste e ficas cá. Disse o duende vermelho.

- Então é só escolher? Assim é fácil, vou pelo caminho vermelho, detesto a escola e os meus pais só discutem comigo.

- Vem então comigo, meu amigo Henrique. Disse o duende vermelho.

Henrique seguiu o duende pelo caminho vermelho, contente com a decisão que tomara. Nunca mais tinha de voltar para o aborrecimento do dia-a-dia humano e podia ter tudo o que desejava.

Nos primeiros quilómetros de caminho tudo era belo e harmonioso e, claro, como não podia deixar de ser, tudo vermelho, desde os frutos às folhas, das pedras às flores, até o céu e o sol eram vermelhos.

Já estavam a caminhar há bastante tempo, quando decidiu perguntar:

- Ainda é muito longe?

- Estamos já a chegar.

E uns metros mais à frente, avistaram um enorme portão vermelho que dava acesso a uma mansão enorme, também ela vermelha. Henrique foi convidado pelo duende a entrar, mas lá dentro, para seu espanto, tudo era sombrio e frio. Viam-se vários miúdos que deviam ter a mesma idade que a sua, mas ao contrário dele, estavam tristes, chorosos, sem brilho nos olhos.

O duende, ao ver que Henrique estava a aperceber-se de toda aquela tristeza, sem perder tempo, encaminhou-o até à árvore dos desejos.

- Vá, é a tua oportunidade, pede o que quiseres. Disse o duende de forma sedutora.

- Eu desejo ter um avião telecomandado!

E de uma forma mágica, nas suas mãos, apareceu o tão desejado avião.

Henrique começou a apreciá-lo, mas o duende agarrou nele e no seu avião e deu-lhe para a mão um pano e um balde.

- Vais limpar o chão, quando acabares, limpas os vidros e depois disso limpas o pátio.

- E o meu avião? Perguntou intrigado.

- Já tens o que querias. Nunca te disse que irias poder brincar com ele. A partir de agora trabalhas e mais nada. Escolheste o caminho errado, amigo.

Entristecido e desesperado deitou mãos à obra. De repente, um homenzinho minúsculo entregou-lhe uma carta. Trazia notícias do mundo humano. Dizia a carta que os pais dele estavam tristes, sentiam a sua falta e guardavam ainda a prenda dele debaixo da árvore: o seu desejado avião. Após leitura da carta, o rapaz desatou a correr e…acordou aflito, com a voz do avô que andara à sua procura para o ajudar a encaminhar os animais para o estábulo. Ainda entontecido, disse:

- Sabes, avô, afinal, o avião não é assim tão importante. O mais importante é o amor que os meus pais me têm e poder estar, no dia de natal, junto de todos aqueles que amo.

Turmas do 9º ano - Dezembro 2010

A MAGIA DO NATAL

Certo dia, a Margarida estava no jardim da sua escola, quando foi chamada ao gabinete da directora.

- Dá licença? - Espreitou a Margarida à porta do gabinete da directora.

- Pode entrar. – Respondeu a directora.

- Senhora directora, a funcionária disse-me que a senhora chamou por mim. O que se trata? – Questionou a Margarida.

- Gostava de te propor uma coisa. Como sabes estamos próximos do Natal e eu gostava que os alunos desta escola se divertissem e participassem em actividades relacionadas com esta época. – Respondeu a directora.

- Sim, mas não sei o que isso tem a ver comigo. – Disse a Margarida.

- Bem, eu gostava que este ano a festa fosse organizada por ti e pelos teus colegas, gostava que fizessem qualquer coisa relacionada com o Natal, ou uma peça de teatro, ou que preparassem uma canção, sei lá… qualquer coisa divertida. Aceitas este desafio? - Perguntou a directora.

- Tenho de conversar com os meus colegas e depois dou-lhe a resposta. – Respondeu a Margarida.

- Muito bem! Fala com eles e depois informa-me da vossa decisão. – Exclamou a directora.

A Margarida saiu e foi a correr contar aos colegas. Estes concordaram e decidiram que iam fazer algo. Imediatamente comunicaram à directora que ficou muito feliz com a decisão. Iam fazer uma festa com palhaços, ginastas e iam, também, fazer a representação de uma peça de teatro sobre o Natal.

Nesse mesmo dia, a Margarida e o seu grupo começaram a fazer as roupas e a ensaiar a peça de teatro.

Após um longo e árduo trabalho, chegou, finalmente, o grande dia. Estavam muito ansiosos. Chegara o dia de mostrar o trabalho desenvolvido e ver reconhecido o esforço de todos. Mas, as dúvidas começavam a surgir… e se alguma coisa não corresse bem.

Tudo tinha sido preparado com muito cuidado e muita dedicação. Mas o pior aconteceu. Estava a preparar-se o grupo de ginastas para a sua actuação e um dos elementos lesionou-se.

A Margarida ficou desesperada, a sua missão de organizadora de um espectáculo tão esperado por todos começava a dar sinais de fracasso. Como poderia resolver-se este terrível problema a escassos minutos da festa começar?

Vítor, um dos seus amigos, que por acaso nem entrava no espectáculo, disse-lhe:

- Vamos lá ter calma, ainda temos algum tempo, as portas do salão só agora estão a abrir-se, o público ainda está a chegar.

Em tempos, também ele se lesionou e dominado pelo medo, nunca mais se dedicou à prática de exercício físico. Vítor era um rapaz sensato e não gostava de deixar em apuros nenhum dos seus amigos. Resolveu, então, dominar os seus medos e de forma clara e destemida dirigiu-se a Margarida:

-Não te preocupes, assisti a todos os ensaios que fizeram, sei de cor e salteado todos os números que vão ser apresentados neste espectáculo. Está na hora de mostrar que sou capaz. Eu substituo o ginasta ferido. O espectáculo tem de começar, a plateia merece-o.

Todos respiraram de alívio. A Margarida agradeceu a coragem e a atitude de Vítor.

O salão estava repleto. Margarida entrou em cena, dirigiu-se ao público para anunciar o início da festa. Saudou todos os presentes, com muita alegria, e comunicou que esta festa era especial. Não se tratava apenas de celebrar o Natal, o momento tão esperado por todos. Este espectáculo para além de cumprir uma tradição da escola seria um Natal Inesperado.

O público ficou perplexo com estas palavras, todas as pessoas estavam naquele salão para passarem um bom momento, para se rirem com os palhaços, para cantarem, para apreciarem as habilidades dos ginastas. O que quereria ela dizer com um Natal Inesperado? Será que havia alguma surpresa que todos desconheciam e nem sequer desconfiavam? Os mais novos achavam que seria a visita do velhinho das barbas brancas carregado de presentes e guloseimas.

Iniciou-se o espectáculo com a actuação dos palhaços muito coloridos e engraçados. Depois um grupo de alunos tocou uma música original escrita por eles. Estavam todos muito afinados. Seguiu-se o grupo dos ginastas, com acrobacias de cortar a respiração e muito bem coordenados, foi um momento de grande emoção.

Este espectáculo estava a ser um sucesso, veio o intervalo e ninguém tinha vontade de sair do salão.

No inicio da segunda parte, Margarida comunicou que um grupo de alunos iria percorrer o salão e vender rifas para o sorteio de um cabaz de Natal. As pessoas acharam que era aliciante. Assistiam a um belíssimo espectáculo e, com sorte, ainda poderiam levar para casa uma magnífica recordação.

Foi a vez de assistirem à representação da peça de teatro, tudo corria lindamente, as pessoas estavam atentas e comovidas. Os alunos empenhavam-se na encenação do nascimento do Menino Jesus.

Terminada a representação, Margarida juntou-se ao grupo de actores e anunciou a boa nova: todas as rifas tinham sido vendidas e assim, com todo o dinheiro angariado, podiam ajudar a associação Crianças Felizes. Esta associação dedicava-se ao apoio de crianças carenciadas.

A surpresa estava desvendada. Com esta ajuda todos tinham contribuído para que o Natal daquelas crianças fosse inesperado. Podiam ter algo mais que tornasse esta época menos amarga e mais agradável. Mas, a surpresa, ainda, não tinha acabado, o cabaz de Natal tinha saído à dona Maria, uma senhora muito simpática que não hesitou e dou-o à associação.

Mais do que uma festa estes alunos tinham feito uma acção de solidariedade. Esta é a magia do Natal. Tudo se consegue se abrirmos o coração e olharmos à nossa volta com vontade de ajudar, de trabalhar para o bem comum. Tudo fica mais fácil se soubermos partilhar.

A todos um Bom Natal!

Natal 2010, Conto de Natal redigido pelos alunos do 7º ano