quarta-feira, 18 de maio de 2011

Encontro com o Escritor Nuno Higino















Era grande a agitação com a preparação da vinda de um escritor e poeta à escola . Não era a primeira vez que a visita de um “ guardador de palavras” iria acontecer, mas todos os anos tal visita é sempre muito especial .
E, assim, no dia 23 de Março o escritor e poeta Nuno Higino encontrou-se com os alunos desta escola em duas sessões: a primeira com os alunos do 2º ciclo e a segunda com alunos do 3º ciclo, para lhes falar de si e responder a algumas perguntas sobre os livros intitulados “A Maçã Vermelha” e “Versos diversos”que tinham sido lidos nas aulas de Língua Portuguesa.
No final do encontro, alguns alunos leram poemas produzidos nas aulas e outros poemas da autoria do poeta.

 Viva a Leitura e viva também a Escrita!

SEMANA DA POESIA - 21 A 25 MARÇO

Foi num sentir poético que, no dia 21 de Março, os alunos da escola E.B.2,3 de S. Rosendo e, no dia 23 e 24, os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo cantaram, declaram e dramatizaram poemas de poetas portugueses como Florbela Espanca, Fernando Pessoa, José Gomes Ferreira, Afonso Lopes Vieira e Miguel Torga. Se de lá da casa etérea eles puderam assistir, provavelmente terão ficado muito orgulhosos com a maneira como as suas palavras foram ditas e sentidas pelos declamadores, pois em todos se pôde ver os “astros a flamejar e as asas e as garras de condores.”



CASTING DE DECLAMADORES DE POESIA













Na escola EB.2,3.S.Rosendo,só se falava de poesia, poesia aqui, poesia ali. TODOS mas mesmo TODOS falavam de poesia.

Nos dias 28 de Fevereiro e 4 de Março, um casting de declamadores decorreu na nossa escola. Muitos autores ficaram com os seus nomes dentro da cabeça de crianças de todas as idades e tamanhos.

Foi um Casting engraçado pois vimos colegas a competir por um lugar ao sol na casa da poesia.

Dos 123 participantes, 33 foram seleccionados para dizer poesia durante a Semana em que celebramos esta arte.

João Manuel Fernandes, 5ºG

terça-feira, 10 de maio de 2011

AS PEDRAS QUE FALAM

Há muita gente que não sabe, que nem sequer imagina! Eu vou contar-vos um segredo. Por favor, não digam a ninguém, caso contrário ainda nos chamam tolinhos! E eu sei que posso confiar em vocês. Espero que entendam que o que vou dizer é cem por cento verdade. Aqui vai: as pedras falam! Não é o máximo? Falam de várias maneiras e de várias coisas. Falam para elas próprias, falam sozinhas, falam com as vizinhas… Às vezes até falam connosco, mas falam tão baixinho, que nós nem as ouvimos. E, se estivermos a olhar com muita atenção para elas, elas falam sem sequer falar! Falam através da sua constituição, da sua forma, falam com as suas marcas sobre o passado da Terra… E isto sem sequer abrir a boca! E como é que eu sei disto? Pois bem, eu estava sozinha a dar uma volta pelo meu quintal, a ouvir os sons que me rodeavam – a maior parte eram sons da natureza – quando ouvi uma voz muito fina que parecia sussurrar. Mas não estava. Era uma dúzia de pedras a gritar em plenos pulmões! Estavam a gemer, debaixo dos meus pés. Então, desloquei-os. Julguei estar a sonhar. Mas não. Era bem real. Estava bem acordada. Então pedi-lhes desculpa e começamos a falar. Tentei descobrir mais coisas sobre elas. Perguntei-lhes até se estava a sonhar. A resposta foi um pouco severa, mas cem por cento real. Disseram-me que era perfeitamente normal o que me estava a acontecer e que poucas pessoas as ouviam, porque, a maior parte das vezes, estavam tão distraídas com os seus pensamentos e sempre muito apressadas. Descobri também que as pedras também têm vida. Não é a vida como a conhecemos. É muito diferente. Elas respiram, falam, comem, ouvem, cheiram… Mas de maneiras tão diferentes da nossa que eu nem entendo como é possível. Elas também tacteiam enquanto jovens, mas depois, com as pisadelas que levam, perdem a sensibilidade nos minerais. E sabiam que as pedras morrem? Ah, pois é! Mas não pelos mesmos motivos do ser humano. Morrem devido às chuvas, à erosão, ao vento que separam os minerais das pedras e faz com que elas desapareçam.
Depois desta conversa com estes seres “esquisitérrimos”, a minha mãe chamou-me para almoçar. Disse adeus às pedras e lá fui eu. Durante o resto do dia não pensei noutra coisa.
No dia seguinte tinha aula de Ciências Naturais – eu ando no 7º ano – e, por coincidência, começamos a estudar os fósseis! Estes são restos mortais de seres vivos que ficaram preservados nas rochas, porque resistiram ao passar dos tempos.
À tardinha, quando cheguei da escola, fui falar com as minhas amigas pedras. Falei -lhes da minha aula de Ciências e elas confirmaram tudo o que fora lá dito! E ainda acrescentaram que através das rochas e dos fósseis se pode descobrir a idade de uma rocha, de um fóssil e há quanto tempo o ser vivo desse fóssil existiu ou existe! Explicaram-me também que os fósseis só se formam nas rochas sedimentares, que precisam de algumas condições para o fazerem e que existem vários processos de fossilização. Disseram também que elas, mesmo quando não falam, nos contam a história do passado da Terra, através dos fósseis.
E isto foi o que aconteceu para eu descobrir que as pedras falam.
Só tenho alguma pena que parte desta história não passe de pura imaginação…
Mas mesmo assim as pedras são magníficas! Contam-nos coisas tão maravilhosas sem sequer abrirem a boca!

Ana Isabel Santos, Nº3 7ºA

Hoje pensei em ti-Poema

Hoje ao pensar em ti,
Descobri que nos teus olhos
Estão todas as minhas
Esperanças

Nas tuas mãos,
Está a minha segurança

No teu abraço,
Está o meu equilíbrio

No teu beijo,
Está o meu conforto
No teu corpo,
Está o meu alimento para a vida.
O dia foi passando e fui
Descobrindo
Que em ti encontro tudo.

Ana Filipa 7º A

terça-feira, 3 de maio de 2011

VENCEDORES DOS POEMAS INSPIRADOS EM POEMAS DE NUNO HIGINO

1º PRÉMIO – Daniel Ferreira, 6ºB

2º PRÉMIO – Tiago Ribeiro, 5ºG
3º PRÉMIO – Inês Moreira, 6ºB


1º prémio - Daniel Ferreira, 6ºB
O JUIZ

Era uma vez um juiz
Que foi andar de comboio
E ficou sem o nariz.
No tribunal, uma perdiz
Pegou no giz
E desenhou-lhe outro nariz.
           Daniel Ferreira, 6º B


2º prémio - Tiago Ribeiro, 5ºG

As letras malcomportadas

Um dia as letras decidiram
Que se deviam apaixonar
E sem que alguém desse conta
Já estavam a namorar.

O A namorou com o O
E o O quis casar
E o A deu uma resposta
Que o deixou a imaginar.

Tiveram uma discussão
De tal maneira
Que levou à separação.

                    Tiago Ribeiro, 5ºG


3º prémio - Inês Moreira, 6ºB

A DANÇA DOS NÚMEROS

O número um
Dança com rum.
O número dois
Dança com uns bois.
O número três
Dança com a Inês.
O número quatro
Dança com um sapato.
O número cinco
Dança um trinco.
O número seis
Dança com os reis.
O número sete
Dança com um filete.
O número oito
Dança com o dezoito.
O número nove
Dança com um robe.
O número dez
Dança com três pés.

Inês Moreira, 6º B

VENCEDORES POEMAS INÉDITOS- Semana da cor e da poesia

1º CICLO
Turma do 1º ano da EB1 do Foral
Flávio Rodrigues, sala 1 da EB1 Conde S. Bento

5º ANO
1ºPRÉMIO -
2º PRÉMIO -
3º PRÉMIO -

6º ANO
1ºPRÉMIO – Inês Machado, 6ºB
2º PRÉMIO – Daniela Pinto, 6ºH
3º PRÉMIO – Constantino Coelho, 6ºB
                       Ana Rita Pacheco, 6ºF

9º ANO
1ºPRÉMIO – Cátia Sofia, 9ºD

AMAR

Amar é sem dúvida
Um turbilhão de sentimentos
Num dia é um mar de rosas,
Noutro um oceano de tormentos.

Mas que sentimento é este
Que apesar de existir,
É uma enorme incógnita
Que ninguém consegue definir?
Amor é como uma tempestade
Da qual todos tentam fugir
Mas a verdade
É que ninguém parece conseguir.

Cátia Sofia, 9º D


O meu cantinho

É um local mágico
Onde há silêncio
Livros de aventuras
De contos e de fadas.
Um dia, um livro sorriu-me

E disse-me com carinho:
-Vem cá, meu amor
Que eu dou-te miminho.
Logo senti alegria,
Acolhimento e vontade de viver.

Adoro esse meu cantinho.
Queres saber qual é?
Lê lá um livrinho
E logo o vais reconhecer.

           Inês Machado, 6º B

SE EU SOUBESSE…

Se eu soubesse…
O que é ser poeta…
Eu escreveria
Um poema.
Mas não sei ser poeta
Nem vou escrever um poema!

Se eu soubesse…
O que é ser poeta!

Se eu soubesse
Olhar…
Uma simples folha
E inspirar-me…

Se eu soubesse…
O que é rimar
Ter palavras terminadas em ar!

Se eu soubesse…
Olhar o mar…
Pensar…
Amar…

Se eu soubesse…
O que é ser poeta!

Se eu soubesse…
Escrever um poema!
Se eu soubesse…
Se eu soubesse…

                    Daniela Freitas Pinto, 6º H, nº 10

‘TOU FARTO

‘Tou farto.
‘Tou farto de ser acusado
Sem ter culpa de nada,
Farto de ser rejeitado
Farto de conversa fiada.
‘Tou farto das notícias na televisão
‘Tou farto de injustiça, guerra, fome,
Destruição
‘Tou farto de não ter ninguém

Para me amar.
Quem me dera que a guerra
Para sempre pudesse terminar
Amar é lindo,
Mas por mais que queira alguém,
Vou sentir-me sempre sozinh


                     Constantino Coelho 6º B


Estudo quando
Estudo quando brinco contigo,
Estudo quando me fazes pensar,
Estudo quando encontro um amigo,
Estudo quando consigo dar,
Estudo quando vejo alguém sorrir,
Estudo quando aprendo a ajudar,
Estudo quando sei que estás feliz,
Estudo quando me alegro a trabalhar,
Estudo quando me deito a sorrir
Estudo quando acordo a sonhar,
Estudo quando me indicam o caminho,
Estudo quando se cair me levantar
Estudo quando descubro na escola
Vontade de viver e amar.

Ana Rita Pacheco, Nº5, 6º F