segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Conto de Natal

Turmas do 5º A,B,C,D,E,F - 2009/2010

Numa noite fria de Dezembro, um rapaz vagueava pelas ruas de uma aldeia transmontana. Chamava-se Guilherme e era um rapaz muito pobre. No entanto, ele era muito feliz, tinha muitos amigos e era muito esperto!
Durante o seu passeio pela aldeia encontrou, sentada junto à fonte do jardim, uma menina que chorava. Aproximou-se dela…Era a Maria! Que estranho! Uma menina tão rica, com pais tão importantes, donos de uma grande quinta com um belo solar…
Guilherme ajoelhou-se, fez-lhe uma carícia na face e perguntou-lhe:
¾ Que se passa? Porque choras tanto? Precisas de ajuda?
Maria ergueu a cabeça e, com os olhos a brilhar, respondeu:
-Quem me dera ser como tu, feliz e com uma família com quem passar o Natal.
Nesse momento começou a nevar…
Maria tremeu de frio e Guilherme, como era um bom amigo, ofereceu-lhe o casaco para ela se agasalhar.
¾ Está muito frio! Queres ir a casa da minha avó Joana, beber um chá de tília e conversar um bocadinho? Estou preocupado contigo…
¾ Sim, gostava muito. Preciso de falar com alguém sobre o meu problema.
Quando chegaram a casa da avó Joana, tinham um chá quentinho e bolinhos de mel. Maria sentiu-se encantada e reconfortada… no ar, pairava um cheirinho a flor de tília e o seu coração já não lhe cabia no peito.
Finalmente, Guilherme olhou-a nos olhos e perguntou-lhe:
¾ Maria, queres desabafar, agora?
Fez-se um silêncio inquietante e Maria começou a falar.
¾ Sabes, estou a viver um drama dentro daquelas paredes em que vivo. Há bastante tempo que os meus pais, em vez de falar, discutem. Cada dia que se passa a situação piora. Resmungam por tudo e nada. Vivo num ambiente infernal e, quando falo a um ou a outro, não têm paciência sequer para me ouvir. Sinto-me muito infeliz e se insisto castigam-me trancando-me no quarto.
Ontem, durante mais uma das suas discussões, ouvi, porque estava escondida debaixo da secretária do escritório, uma coisa que me deixou muito, muito triste: a minha mãe disse ao meu pai que não conseguia viver neste ambiente, que tinha de pensar na minha felicidade e que, portanto tinha decidido separar-se.
É este o meu problema. Estou muito triste porque, para além de perder o aconchego de uma família, ainda vou viver o próximo Natal numa tristeza sem fim, sozinha, com a minha mãe, naquele enorme casarão…
Guilherme olhou para o chão sem saber o que dizer. Era um problema tão complicado… quem o podia resolver? E se pedissem ajuda à avó Joana? Era uma pessoa bondosa, que já tinha vivido muito e a vida tinha tornado sábia.
¾ É realmente um problema muito difícil ¾ disse a avó, com uma voz calma e pensativa ¾ muito difícil de resolver, eu sei porque passei o mesmo com o teu avó, sabes, Guilherme?... Só um milagre… às vezes só um milagre traz um final feliz a estes casos.
¾ Sim ¾ balbuciou Maria ¾ e se acontecesse um milagre?!..., sim um milagre?!… e como estamos num tempo de tanta fé… talvez pedindo ao Pai Natal…
E lá foi Maria para casa a pensar na carta que iria escrever ao Pai Natal, fosse quem fosse esse bom velhinho. Pediria uma prenda, só uma prenda: paz e harmonia para a sua família.
Os milagres acontecem, pelo menos para quem acredita neles.
Será que Maria vai ter um milagre?
5ºA,B,C,D,E,F
2009/2010

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