segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Natal solidário


5º ANO – TURMAS G, H, I, L e M


Novembro chegara. O sol continuava a brilhar, já menos forte, mas dando às cores maravilhosas das folhas das árvores uma grande beleza. O Natal ainda vinha longe, mas os meninos não paravam de pensar nele. Estavam ansiosos.
O Natal nunca mais chega – pensavam eles.
Perguntavam à professora, aos pais, a toda a gente quanto tempo faltava para a noite de Natal. Sonhavam com os presentes que iriam receber e pensavam no que poderiam fazer para que todos tivessem Natal – os doentes, os velhinhos, os mendigos e mesmo os meninos da sua idade muito pobres que, certamente, não iriam ter nenhum presente.
Depois de muito conversarem uns com os outros, resolveram contar tudo à sua professora e pedirem-lhe ajuda para organizar com eles algumas actividades com que concretizassem os seus desejos.
Na aula seguinte, os alunos organizaram-se em grupos para pensarem bem nas tais actividades que poderiam ajudar a tornar o Natal triste e amargo, de alguns, num Natal mais doce e agradável. Passado algum tempo, o porta-voz de um dos grupos pediu a palavra e, com entusiasmo, disse:
- O nosso grupo sugere o “Cantinho dos Presentes”.
- Gostaria de perceber a vossa intenção! És capaz de explicar? – perguntou a professora.
- A ideia é cada um de nós oferecer uma peça de vestuário, ou de calçado, um livro, um chocolate, um brinquedo … e fazer crescer um monte de presentes no “Cantinho”.
Todos ouviram esta sugestão e, imediatamente, os diferentes grupos de alunos levantaram a mão, a pedir a palavra, para também poderem expor as suas ideias à turma.
- Nós propomos – disse o porta-voz de outro grupo – escrever uma carta e enviá-la às pessoas mais ricas da nossa cidade, pedindo-lhes ajuda em dinheiro, roupas, ou donativos, depois fazemos a recolha de todos os bens e distribuímos pelos mais pobres.
Os outros alunos acharam uma óptima ideia.
A professora também concordou e disse:
- Também considero que é uma boa proposta e que pode resultar bem. E vocês aí ao fundo, qual é a vossa proposta?
- Senhora professora, a nossa ideia era proporcionar um jantar de Natal para os “sem-abrigo”. O que nós pensamos foi pedir a colaboração dos escuteiros, dos bombeiros, de supermercados e de um restaurante da nossa cidade…

- É também uma óptima ideia! Como tencionam pô-la em prática? Já pensaram nisso? – questionou a professora .
Já temos uma proposta, senhora professora. Vamos dividir-nos em grupos de dois alunos, pedir a colaboração dos nossos pais e contactar as instituições para nos apoiarem e dar aos “sem-abrigo” um Natal mesmo especial – disse o porta-voz do grupo com entusiasmo.
- Muito bem! Estou a ver que vocês já têm tudo muito bem pensado. Mãos à obra!
- Vamos começar já amanhã – disseram com alegria.
No dia seguinte, os alunos não tinham aulas da parte da manhã. Levantaram-se bem cedinho e começaram a colocar o seu plano em prática.
Nessa manhã, as crianças conseguiram contactar várias entidades da sua cidade, nomeadamente, os bombeiros, o grupo de escuteiros e, até mesmo, o proprietário de um dos melhores restaurantes da cidade. Todos eles se deixaram cativar pelo entusiasmo e espírito de solidariedade daqueles meninos e meninas.
Os bombeiros puseram à disposição das crianças e da sua professora o seu polivalente para aí fazerem o jantar de Natal para os “sem-abrigo” e prometeram que, nesse dia, tratariam de montar as mesas e as cadeiras. Os escuteiros disponibilizaram-se para confeccionar esse jantar tão especial e ajudar as crianças a servi-lo, para já não falar, claro está, da animação. Festa sem animação não seria festa. O dono do restaurante também não se fez de rogado e doou todos os produtos necessários para confeccionar um jantar de Natal digno de um verdadeiro rei.
Mas as crianças ainda não estavam completamente satisfeitas, achavam que faltava alguma coisa. Eram os presentes! Aproveitando os tempos livres que tinham, pensaram pedir donativos para comprarem pequenas lembranças e oferecerem aos “sem-abrigo” no grande dia.
Decidiram encontrar-se no jardim principal da cidade, para combinar o roteiro a seguir. Cada grupo partiu na direcção combinada, começando a pedir ajuda a todas as pessoas… De repente começaram a ouvir-se sinais de mensagem nos telemóveis. Todos leram a mensagem: “Voltem ao jardim! Tenho uma solução fabulosa. Despachem-se!”
No jardim começaram a aparecer os grupos e todos muito curiosos. Um dos amigos tomou a palavra e contou o que acontecera:
- O nosso grupo descobriu que quem ganhasse o corta-mato de Natal receberia mil euros. Vamos participar?
- Sim! Se ganharmos teremos dinheiro suficiente para os presentes…
- Podemos pedir ajuda ao nosso professor de Educação Física e ficaremos bem preparados!
Chegou o grande dia. Que agitação! Correr por uma causa. Era o máximo!
Dado o sinal de partida, depressa se verificou que o grupo de amigos estava bem preparado e rapidamente ocupou o primeiro lugar.
- Ganhámos!
Foi com enorme alegria que receberam o prémio e compraram as lembranças para os “sem-abrigo”.
Que bom poder dar um Natal mais feliz àqueles que, normalmente, o passam sozinhos, ao frio, só com a alegria e o “calor” da luz das estrelas….

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