
A história que vos vou contar é nada mais nada menos, do que a história de um Pai Natal fora do normal.
Certo dia, um rapaz decidiu ser Pai Natal. Achava ele que essa “profissão” era boa, porque só se trabalhava na época natalícia. Então, decidiu procurar uma escola para estudar “ Painatalismo”, que era o estranho nome da disciplina que o ensinaria a ser Pai Natal e que só era leccionada numa escola, com o nome ETPSPNGM, ou seja, ensinamos-te a trabalhar pouco, a ser Pai Natal e a ganhar muito. Quando olhou para o nome da escola, um pensamento surgiu na sua cabeça:
- Eh, pá! É mesmo nesta escola onde eu quero estudar.
Só havia um problema, esse rapaz, chamado Pedro Pipoca, era o contrário de um Pai Natal normal. A sua aparência era muito radical, pois um Pai Natal normal não usa boné, piercings e também não usa as calças a cair. Já tiveram oportunidade de ver que o Pedro, no futuro, teria condições para ter qualquer tipo de profissão, mas ser Pai Natal não era de todo a “profissão” que combinava com o seu estilo. Além disso, faltavam-lhe as duas características mais importantes:
gostar de crianças; o Pedro não as podia ver à frente e gostar de dar presentes; ele era muito forreta.
Quando visitou a escola, constatou que esta era frequentada por homens com idade superior aos 50 anos, barrigudos e com uma barba enorme. Naquele momento sentiu-se inferiorizado, no entanto não desistiu.
Começaram as aulas e tudo corria bem, porque ele não copiava… só recolhia dados; não estragava o material… só testava a sua resistência.
O certo é que ele conseguiu obter resultados razoáveis e tirar o curso.
Chegada a altura de Natal, Pedro Pipoca, formado em “Painatalismo”, começou a pensar como seria o seu fato. Pensou muito… (até fez fumo) e chegou à conclusão que seria da seguinte forma: chapéu de cor branca com um pompom vermelho, fato encarnado às riscas brancas com cinto preto, luvas brancas, botas de cabedal preto por cima das calças e por fim o seu saco de prendas, com Pais Natal desenhados e com o seu nome artístico “ Pipoca”.
Já considerado Pai Natal era a admiração de uns e chacota de outros.
No primeiro ano, tudo correu mal: andava aos “biqueiros” aos duendes porque era muito alto e não os via; todas as crianças que se aproximavam dele saíam a chorar porque era um forreta e não lhes dava nada nem sequer um aperto de mão; quando chegavam os brinquedos, ele, em vez de os distribuir, estragava-os . Era um desastre e, por isso, o Natal teve de ser cancelado durante dois anos. Isto porque o nosso Pedro Pipoca tivera a infeliz ideia de escrever uma canção de natal. Durante meses esteve a pensar na letra…( mais uma vez um fumarada) que era assim:
Pai Natal, Pai Natal
Traz-me uma boneca
Não faz mal, não faz mal
Que seja careca.
Ao ouvirem esta música as pessoas ficavam horrorizadas, como se o mundo estivesse prestes a acabar. Em todos os jornais saía a notícia “Natal Acabado Por Causa de Pedro Pipoca, o Pai Natal mais “dread” do Mundo”.
Pedro estava tramado. “ Como irei eu safar-me desta”- pensava –“ estou feito, agora nem sou Pai Natal, nem tenho quem goste de mim.”
Pedro Pipoca, que tinha menos inteligência do que uma minhoca, tinha de arranjar rapidamente uma solução maravilhosa para que o Natal voltasse. Teve, então, uma ideia; decidiu espalhar cartazes que diziam: “Pedro Pipoca pede desculpa pela sua cabeça de bolota.”.Depois, encheu-se de coragem para enfrentar as famílias desapontadas, mas elas já não acreditavam nele. Pedro estava desesperado e não sabia o que fazer. Até que apareceu uma fadinha que lhe disse:
- Não te preocupes já sofreste o suficiente e já aprendeste a lição!
E ,então, espalhou pozinhos mágicos para que as pessoas voltassem a acreditar no Pedro Pipoca e para que voltasse a haver Natal.
Os alunos do 7º ano - 2007/2008
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