Turmas do 9º ano – 2008/2009
Numa pequena floresta, vivia um homem muito forte e grande. As suas grandes barbas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido andava sempre em desalinho. Era um solitário por opção. A vida da cidade esgotara-o e, há alguns anos atrás, decidira retirar-se para um lugar isolado. Visitava a cidade, de vez em quando, para poder adquirir alguns alimentos e dar dois dedos de conversa. Sim, porque ninguém vive completamente só.
Um dia, sentou-se ao pé da janela e viu que nevava. Era Inverno!
A certa altura, avistou pegadas na neve que lhe despertaram a atenção.
Por momentos, lembrou-se das histórias do Pai Natal e do Abominável Homem das Neves que lhe eram contadas em pequeno, mas chegou à conclusão que preferia a encantadora história do Pai Natal.
Ainda um pouco perplexo e intrigado, decidiu seguir aquelas perfeitas, pequenas e misteriosas pegadas. Andou um pouco e avistou uma clareira, envolta de mistério que o deixou um pouco receoso, mas a curiosidade era maior que o medo.
De repente, as pegadas desapareceram e começou a ouvir uns sons fantásticos; uma pequena junção de Beethowen com Mozart e uma pitadinha de Beatles. Sentia que aqueles sons o faziam lembrar algo muito especial, algo que o atraíra em pequeno e que no Natal ainda atrai e provoca alegria a todas as crianças; enfim, um som característico da época natalícia.
Sentiu um “nervoso miudinho” que ia aumentando e, à medida que caminhava, o som era cada vez mais estridente. Subitamente, levou uma pancada na cabeça e ouviu um “Ups!!”, vindo de uma vozinha .
De seguida ouviu um “piu, piu, piu…”( som característico de quem acaba de levar com algo na cabeça) e depois desmaiou.
Quando acordou, viu-se rodeado de seres minimeus que por muitos anos de vida que tivesse, nunca imaginou que existissem tais criaturas. Tinham todos grandes orelhas pontiagudas e olhos esbugalhados, ora azuis, ora esverdeados, todos vestidos a rigor.
Entretanto avistou uma placa que dizia: “Procuramos alguém alto, forte, de grandes barbas e que goste de Coca-Cola”( este último requisito (ter de gostar de coca - cola ) não compreendia, mas com as visitas que fazia, de vez enquanto, à cidade, ele sabia que aquela bebida proliferava ). De seguida, olhou para o lado e avistou ali muito perto uma fábrica para onde aquelas criaturas o arrastaram. Ainda, meio atordoado da pancada que levara, fechou os olhos, e, quando os abriu, estava perante uma situação inimaginável: montes daqueles seres minimeus, que já tinha visto antes, estavam muito atarefados e concentrados no que estavam a fazer, tanto que até nem deram pela sua presença, a não ser, é claro, o grupo que o levara, melhor dizendo, o arrastara até lá . De seguida, ouviu um estrondo, olhou para trás e era a porta que se tinha fechado. Quando olhou para a frente, estavam todos parados a olhar para ele. Assustado e sem saber o que fazer, sorriu. Até que um minimeu se dirigiu a ele e perguntou-lhe se estava interessado no anúncio, pois era o homem ideal. De tão perplexo que estava, nem conseguia responder. Um dos minimeus, que o conduzira até lá, agarrou-o pela mão e levou-o para dentro de uma sala muito colorida. Lá, esperava-o o chefe dos minimeus que propôs ao homem das barbas grandes substituir o Pai Natal, uma vez que este se encontrava doente e os presentes precisavam de ser entregues. O homem aceitou, mas antes quis saber por que razão tinha de gostar de coca-cola, se a sua missão era distribuir presentes. O chefe levou-o para uma sala enorme, onde os minimeus estavam a embrulhar os presentes: latas de Coca-Cola. Continuava a não perceber. Então o chefe explicou-lhe que aquela bebida estava muito na moda e que os meninos em vez de deixarem, junto da árvore de natal, um copo com leite para o Pai Natal beber, como faziam antigamente, deixavam um copo de coca-cola. O homem entendeu, mas, o que não poderia aceitar era que os presentes fossem latas de coca-cola, por isso sugeriu que as trocassem por presentes normais e aquela quantidade de bebida, para não ser desperdiçada, passaria a ser o combustível de toda a maquinaria da fábrica que ajudava na construção dos presentes. Eles experimentaram a ideia que resultou às mil maravilhas!
O rei minimeu, que já era muito velho, convidou-o para ser o rei “Maximeu”. Ele aceitou e os minimeus fizeram uma grande festa com alegria e presentes, antecipando, assim, naquela clareira mágica, o Natal.
Ah! No dia de Natal, o Maximeu desempenhou muito bem o seu papel, entregou todos os presentes pelo mundo inteiro e o Pai Natal agradeceu…
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