Turmas do 8º ano- 2008/2009
Numa casa humilde, vivia uma família igual a tantas outras.
Uns dias antes do Natal, João e Miguel acordaram, abriram a janela do seu quarto e ficaram a contemplar o branco dos campos.
João era um belo e simpático rapaz, com os seus doze anos e um excelente aluno. Desde sempre sonhara ser detective, como Sherlock Holmes, o seu grande ídolo. Este jovem distinguia-se dos alunos da pequena escola da sua encantadora aldeia, perdida na montanha mais alta do seu país.
Subitamente, João apercebeu-se de algo estranho que se passava lá para os lados da Caverna do Enforcado. Assim se chamava aquele sinistro lugar, devido à lenda que narra a aparição do cadáver do bandido mais temido em toda a aldeia, por causa dos roubos que fazia aos pobres.
- Miguel! Ó Miguel, viste aquele gorro vermelho que saiu dos arbustos em direcção à Caverna do Enforcado?! - Perguntou João muito espantado.
- Como sempre, estás a fazer filmes onde não existem. – Respondeu Miguel, com a distracção natural dos seus oito anos.
- Esquece lá isso! Deve ter sido impressão minha. - Desvalorizou o João, mas, curioso como era, não se conteve e decidiu investigar.
Como já atrás foi dito, o seu sonho desde sempre fora ser detective e aqui estava uma oportunidade única para o concretizar. Única, pois, naquele pacato lugar nada acontecia.
Assim, arranjou umas calças, uns sapatos e um capote pretos. Logo depois, foi ao seu sótão e numa estante viu uma lupa, umas luvas, quatro pinças e outras coisas. João não sabia de quem teriam sido tais coisas, mas, naquele momento, o mais importante era investigar o mistério de há instantes: “a quem pertenceria o gorro vermelho que ele vira entre os arbustos?”
Quando tinha tudo pronto, deu conta de que se esquecera do Miguel! Ele não acreditara em si, mas mesmo assim entrou no quarto para o convidar a participar na investigação. Miguel já estava pronto, e, com um sorriso misterioso deu apenas a seguinte explicação: “Gosto de mistérios.”
João sorriu com satisfação mas, não se podia esquecer que Miguel tinha apenas oito anos e tinha que ter muito cuidado com o irmão.
Combinaram ir de noite, com lanternas. Às vinte horas seria a hora da partida.
Pegaram em agasalhos e, à hora combinada, saíram em direcção à Caverna do Enforcado.
Miguel e João, quando entraram na gruta, estremeceram! Os morcegos eram muitos e, no meio daquela imensa confusão, ouviram uma voz grossa e rouca que perguntou:
- Quem está aí?
Miguel escondeu-se atrás do João aterrorizado.
Aquela voz era a do Pai Natal. Não queria ser visto porque era muito discreto e tímido, mas o vermelho denunciara-o.
Tinha de fugir para o seu esconderijo para que os dois não o vissem.
Durante a fuga uma das botas fugiu-lhe do pé. João e Miguel não desistiam de ir no seu encalço e, de repente, João avistou a bota.
-Miguel, quem terá perdido esta bota?
-Com este cheiro, não sei a quem poderá pertencer! – Brincou Miguel.
Os dois estavam embasbacados. Há pouco tinha visto um gorro vermelho e agora tinham encontrado uma bota. João, entusiasmado, ia recolhendo pistas.
Já era tarde e por isso foram obrigados a regressar a casa. Chegados lá, começaram a fazer o ponto de situação:
- Miguel, estamos em Dezembro, vimos alguém com um gorro vermelho, depois encontrámos esta bota. Não achas que são coincidências a mais? Esta bota só pode ser do Pai Natal!
- Não comeces com as tuas paranóias! – Disse Miguel, incrédulo.
-Não são paranóias, vais ver que eu tenho razão!
-Está bem! Tu dizes sempre isso!
A conversa prolongou-se pela noite dentro mas, os argumentos do irmão não convenceram Miguel.
Passados dias, a azáfama em casa do João e do Miguel era grande. A véspera de Natal tinha chegado e para o João a melhor prenda era desvendar o enigma do gorro vermelho e da bota.
O Miguel tinha-se já esquecido dos acontecimentos passados. Ansiava a chegada dos presentes, mas João não pensava assim; como bom detective que queria ser, não podia deixar aquilo em branco.
No fim do jantar e do convívio entre todos, o silêncio caiu na casa do Miguel e do João. Todos foram dormir. Todos? Não. Alguém esperava ansiosamente para confirmar aquilo que desconfiara.
No entanto, o sono teimava em fechar os olhos do João, e, por fim, conseguiu. No dia seguinte, acordou sobressaltado: “O que acontecera? Que pena! Não pudera confirmar a sua teoria.” Levantou-se, dirigiu-se à chaminé e constatou que alguém havia deixado pegadas. Com a ajuda da sua lupa, analisou-as e reparou que uma das pegadas era a de uma bota e a outra de um pé descalço.
- Eureka! – Gritou o João.
Miguel veio a correr e a perguntar o que acontecera, quando viu o irmão a apontar a lupa para as duas pegadas, dizendo:
- Elementar, meu caro Miguel, há uns dias atrás, quase vimos o Pai Natal!!!
Conto dos alunos do 8º ano
Numa casa humilde, vivia uma família igual a tantas outras.
Uns dias antes do Natal, João e Miguel acordaram, abriram a janela do seu quarto e ficaram a contemplar o branco dos campos.
João era um belo e simpático rapaz, com os seus doze anos e um excelente aluno. Desde sempre sonhara ser detective, como Sherlock Holmes, o seu grande ídolo. Este jovem distinguia-se dos alunos da pequena escola da sua encantadora aldeia, perdida na montanha mais alta do seu país.
Subitamente, João apercebeu-se de algo estranho que se passava lá para os lados da Caverna do Enforcado. Assim se chamava aquele sinistro lugar, devido à lenda que narra a aparição do cadáver do bandido mais temido em toda a aldeia, por causa dos roubos que fazia aos pobres.
- Miguel! Ó Miguel, viste aquele gorro vermelho que saiu dos arbustos em direcção à Caverna do Enforcado?! - Perguntou João muito espantado.
- Como sempre, estás a fazer filmes onde não existem. – Respondeu Miguel, com a distracção natural dos seus oito anos.
- Esquece lá isso! Deve ter sido impressão minha. - Desvalorizou o João, mas, curioso como era, não se conteve e decidiu investigar.
Como já atrás foi dito, o seu sonho desde sempre fora ser detective e aqui estava uma oportunidade única para o concretizar. Única, pois, naquele pacato lugar nada acontecia.
Assim, arranjou umas calças, uns sapatos e um capote pretos. Logo depois, foi ao seu sótão e numa estante viu uma lupa, umas luvas, quatro pinças e outras coisas. João não sabia de quem teriam sido tais coisas, mas, naquele momento, o mais importante era investigar o mistério de há instantes: “a quem pertenceria o gorro vermelho que ele vira entre os arbustos?”
Quando tinha tudo pronto, deu conta de que se esquecera do Miguel! Ele não acreditara em si, mas mesmo assim entrou no quarto para o convidar a participar na investigação. Miguel já estava pronto, e, com um sorriso misterioso deu apenas a seguinte explicação: “Gosto de mistérios.”
João sorriu com satisfação mas, não se podia esquecer que Miguel tinha apenas oito anos e tinha que ter muito cuidado com o irmão.
Combinaram ir de noite, com lanternas. Às vinte horas seria a hora da partida.
Pegaram em agasalhos e, à hora combinada, saíram em direcção à Caverna do Enforcado.
Miguel e João, quando entraram na gruta, estremeceram! Os morcegos eram muitos e, no meio daquela imensa confusão, ouviram uma voz grossa e rouca que perguntou:
- Quem está aí?
Miguel escondeu-se atrás do João aterrorizado.
Aquela voz era a do Pai Natal. Não queria ser visto porque era muito discreto e tímido, mas o vermelho denunciara-o.
Tinha de fugir para o seu esconderijo para que os dois não o vissem.
Durante a fuga uma das botas fugiu-lhe do pé. João e Miguel não desistiam de ir no seu encalço e, de repente, João avistou a bota.
-Miguel, quem terá perdido esta bota?
-Com este cheiro, não sei a quem poderá pertencer! – Brincou Miguel.
Os dois estavam embasbacados. Há pouco tinha visto um gorro vermelho e agora tinham encontrado uma bota. João, entusiasmado, ia recolhendo pistas.
Já era tarde e por isso foram obrigados a regressar a casa. Chegados lá, começaram a fazer o ponto de situação:
- Miguel, estamos em Dezembro, vimos alguém com um gorro vermelho, depois encontrámos esta bota. Não achas que são coincidências a mais? Esta bota só pode ser do Pai Natal!
- Não comeces com as tuas paranóias! – Disse Miguel, incrédulo.
-Não são paranóias, vais ver que eu tenho razão!
-Está bem! Tu dizes sempre isso!
A conversa prolongou-se pela noite dentro mas, os argumentos do irmão não convenceram Miguel.
Passados dias, a azáfama em casa do João e do Miguel era grande. A véspera de Natal tinha chegado e para o João a melhor prenda era desvendar o enigma do gorro vermelho e da bota.
O Miguel tinha-se já esquecido dos acontecimentos passados. Ansiava a chegada dos presentes, mas João não pensava assim; como bom detective que queria ser, não podia deixar aquilo em branco.
No fim do jantar e do convívio entre todos, o silêncio caiu na casa do Miguel e do João. Todos foram dormir. Todos? Não. Alguém esperava ansiosamente para confirmar aquilo que desconfiara.
No entanto, o sono teimava em fechar os olhos do João, e, por fim, conseguiu. No dia seguinte, acordou sobressaltado: “O que acontecera? Que pena! Não pudera confirmar a sua teoria.” Levantou-se, dirigiu-se à chaminé e constatou que alguém havia deixado pegadas. Com a ajuda da sua lupa, analisou-as e reparou que uma das pegadas era a de uma bota e a outra de um pé descalço.
- Eureka! – Gritou o João.
Miguel veio a correr e a perguntar o que acontecera, quando viu o irmão a apontar a lupa para as duas pegadas, dizendo:
- Elementar, meu caro Miguel, há uns dias atrás, quase vimos o Pai Natal!!!
Conto dos alunos do 8º ano
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