Turmas do 7º ano – 2008/2009
Faltavam poucos dias para o Natal. No Pólo Norte, o Pai Natal andava muito atarefado com a leitura das cartas enviadas pelas crianças do mundo inteiro. Todas desejavam prendas maravilhosas: bolas, aviões, fantoches, uma tenda… e o Pai Natal não queria desapontá-las, por isso dirigiu-se à fábrica dos brinquedos para apressar a sua equipa e fazer o ponto da situação.
Quando chegou à fábrica, deparou-se com um cenário muito estranho. Os duendes não estavam a trabalhar. O Pai Natal aproximou-se e constatou que estes haviam desaparecido. Que situação estranha! Para onde poderiam ter ido? O Natal e a entrega dos presentes estavam em risco.
Desorientado, o Pai Natal abandonou a fábrica e vagueou pela floresta. Estava desesperado e intrigado com o desaparecimento dos seus colaboradores e só pensava nas crianças e na desilusão que lhes iria proporcionar.
Quando regressou a casa, já sem forças, deixou-se cair na sua velha poltrona, mas não conseguiu adormecer, pois estava demasiado angustiado. Tinha de encontrar uma solução e rapidamente.
O Pai Natal já tinha perdido a esperança, quando viu em cima da mesa uma carta. Abriu-a, leu-a e deparou-se ainda com uma publicidade da Toys’r’us. A criança que lhe enviara a carta, sugeria-lhe que fosse à Toys’r’us comprar a sua prenda de Natal caso o Pai Natal não tivesse a sua prenda em stock.
-Já sei!! Vou ao mundo dos humanos procurar essa loja de brinquedos. – disse o Pai Natal. Parte do problema estava resolvido, mas ainda faltava saber o destino dos seus amigos duendes.
Um pouco mais animado, o Pai Natal preparou as suas renas e deu-lhes a morada da Toys’r’us. Como eram muito experientes e inteligentes, as renas não tiveram dificuldade em encontrar a tal loja de brinquedos.
Quando chegou à Toys’r’us, o Pai Natal estacionou o seu trenó e dirigiu-se até à entrada da loja. Nesse preciso momento, alguém o interpelou.
-Pai Natal! Pai Natal! Pai Natal!
O Pai Natal virou-se e viu um menino a chamar pelo seu nome.
-Pai Natal, que fazes aqui? -perguntou o menino.
-Venho à procura das prendas que me pediram este Natal.
-Mas, Pai Natal, as nossas prendas de Natal são feitas na tua fábrica. Não podes comprá-las. Dessa maneira, deixam de ser prendas de Natal. Já não há magia. Estás a entender?
O Pai Natal aflito e confuso, coçou a cabeça e disse:
-Tens razão, assim a magia natalícia deixa de existir. Vamos procurar os meus duendes. – Acrescentou, com muita convicção.
- OK, Pai Natal está combinado! Mas porquê a Toys’ r’ us?- Insistia o menino, sem conseguir desvendar tamanho mistério.
_Recebi uma carta de um tal Humberto.- Disse o pai Natal.
-Espera lá! Disseste Humberto? interrompeu o menino, muito espantado. Mas esse é o nome do dono da Toys’r’us, não conheço, mais ninguém com esse nome, a não ser o rabugento e ganancioso rei dos brinquedos.
-Será que é ele o responsável pelo desaparecimento dos meus duendes? - Questionava-se o Pai Natal, não querendo acreditar que isso fosse verdade.
_ Talvez sim. – Respondeu o menino. Tenho um plano, vamos esperar que anoiteça, para entrarmos na loja sem darem por nada. – Acrescentou muito empolgado.
Ao anoitecer, como combinado entraram. Qual não foi a surpresa, os duendes estavam espalhados pela grande loja a enfeitar as prateleiras, mas completamente estáticos, sem vida.
O Pai Natal não queria acreditar, este Natal iria ser uma desgraça. As cartas não paravam de chegar, as prendas não estavam a ser feitas e os meninos iriam sentir uma enorme tristeza.
Entretanto, o Pai Natal lembrou-se que o seu velho amigo chefe da tribo dos índios Sempralegres tinha descoberto a poção da vida. Rapidamente abandonaram a loja e meteram-se no trenó rumo à aldeia do velho amigo. Quando lá chegaram, foram muito bem recebidos, com uma dança típica da tribo. Depois reuniram-se à volta da fogueira e o velho e experiente índio, sempre amigo e pronto a ajudar, depressa entendeu o gravíssimo problema do Pai Natal e das crianças em geral e sem hesitar prontificou-se a ajudar. Deu-lhe uma parte dessa fabulosa poção mágica. O Pai Natal e o menino voltaram à Toys’r’us, já com enorme à-vontade, pois já conheciam os cantos à casa e, calmamente, durante a noite deram a todos os duendes as cinco gotas da poção recomendadas pelo velho e sábio índio.
Instantaneamente, os duendes ganharam vida, sorriram e perguntaram ao Pai Natal o que acontecera. Ainda o Pai Natal não lhes tinha respondido, quando apareceu o dono da Toy r rus, o Humberto com um ar ameaçador. Mas, o Pai Natal não se deixou intimidar e fez um dos seus saltos, “super”, “hiper”, mega” “ fixes” e o Humberto fugiu amedrontado.
De seguida, os duendes ainda sem perceberem muito bem o que lhes tinha acontecido, dirigiram-se, numa azáfama, para a fábrica de brinquedos e lançaram-se ao trabalho. O duende responsável pela lista de brinquedos era o Bolinha de Mel, o que tratava de encher as bolas era o Resmungão, o que fazia os bonecos de madeira, como aviões e fantoches era o Madeirinha. Todos os outros como o Rebelde, o Brincalhão, o Rezinga, o Despistado, e o Coceguinha faziam os embrulhos e confirmavam os pedidos.
E assim, toda noite, trabalharam afincamente para que todas as prendas estivessem prontas e fossem distribuídas no dia de Natal.
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